26 junho 2013

A razão de escrever

As memórias... boas ou más... estão guardadas dentro de nós... algures. Estão num espaço que só a elas pertencem. Estão à espera de serem novamente recordadas.
As boas tornam-nos felizes e quanto mais vezes as recordamos, mais felizes ficamos. Mas as más consomem.nos, fazem-nos perder e esquecer as boas memórias. Essas, quanto mais as recordamos mais fracos ficamos. Por isso, de uma forma que só nós podemos saber, devemos arrancá-las de nós. Não à memória em si, pois essa ajudár-nos-á a sermos mais fortes. Devemos arrancar a dor que elas provocam!

É por isso que escrevo!
Escolho e organizo as palavras que mais descrevem o que sinto, de forma a elaborar uma confissão. Essa confissão não pode ser escrita de qualquer maneira! As suas frases não têm que ter só sentido e significado, têm também que ter estética e assim, vou escrevendo essa confissão devagar e com muito cuidado. Tudo isto para que no final tenha à minha frente um texto bonito.

No entanto, escrevo para vocês (leitores) para que não sinta tudo sozinha. 
Escrevo para poder  partilhar, para poder aguentar cada passo que dou, para sentir que arranquei esse pedaço de memória, para que quando voltar a recordá-la, por qualquer motivo que seja, não volte a cair.

23 junho 2013

A culpa é minha por ainda sonhar...

A culpa é minha por ainda ser ingénua.
A culpa é minha por continuar a confiar.
A culpa é minha por ser infantil.
A culpa é minha por ainda acreditar.
Mas a culpa é minha principalmente por não saber o que é certo do que é errado. Por não saber que um sonho não passa disso. Por ainda ter a esperança de que algum dia eu me veja como outras se veem. Por tentar confiar...

A culpa é minha por ela se estar a destruir.
As discussões são culpa minha.
A culpa é minha por ainda não ter crescido.
A culpa é minha por ser como sou.
Tenho culpa de querer amá-los!

A culpa é minha por tentar.
E essa culpa toda que carrego também é culpa minha, porque tudo isto é culpa minha. Apesar de ser a mais nova, a culpa é minha e talvez quanto mais diga isto, mais perceberei que as coisas não ficarão melhores e que terei de viver assim. Ao fim ao cabo, a culpa é minha por ainda sonhar...